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2012 - Livro Vermelho 2013

Colubrina glandulosa Perkins LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 16-08-2012

Criterio:

Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

C. glandulosa tem ampla distribuição no Brasil, ocorre desde Rondônia até o Rio Grande do Sul. As características biológicas da espécie possibilitam sua ocorrência em diversos tipos de solos, que suportam florestas úmidas de Terra Firme, Mata de Galeria e Floresta Estacional Semidecidual. As ameaças incidentes não afetam a estabilidade da população.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Colubrina glandulosa Perkins;

Família: Rhamnaceae

Sinônimos:

  • > Colubrina glandulosa subsp. reitzii ;
  • > Colubrina glandulosa var. glandulosa ;
  • > Colubrina glandulosa var. reitzii ;
  • > Colubrina rufa ;
  • > Colubrina rufa var. reitzii ;
  • > Ziziphus rufus ;
  • > Colubrina rufa var. glandulosa ;
  • > Colubrina glandulosa subsp. glandulosa ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Diferencia-sedas demais espécies de Colubrina porpossuir folhas subopostas, frequentemente coriáceas ou subcoriáceas esuperfície superior brilhante. Colubrina glandulosa Perkins possui quatro subespécies: Colubrina glandulosa subsp. reitzii, C. glandulosa subsp. antillana, C. glandulosa subsp. glandulosa, C. glandulosa subsp. nipensis (Borhidi, 1973). No Brasil, ocorrem Colubrina glandulosa subsp. reitzii e C. glandulosa subsp. glandulosa.Colubrina glandulosa subsp. reitzii (M. C. Johnst.) Borhidi, tem como sinônimos:Colubrina glandulosa var. reitzii (M. C. Johnst.) M. C. Johnst., Colubrina rufa var. reitzii M. C. Johnst., Colubrina rufa Reissek, Ziziphus rufus Mart. Nomes populares: Saguaraji (Dubois, 2006), Sobrasil (Sousa, 2008), Saguragy, Sobragy, Suruaji, Sobrasil vermelho (Lima, 2000).

Potêncial valor econômico

​A madeira pode ser utilizada em marcenaria econstrução naval, civil e hidráulica por ter boa duração e resistência à água(Andrade; Vecchi, 1916 apud Lima;Giulietti, 2005).

Dados populacionais

​Foram amostrados 17 ind. na Fazenda São Carlos,Santa Cruz das Palmeiras, SP (Barbosa; Pizo, 2006). Rodrigues et al. (2011), encontraram 31 ind. naÁrea de Preservação Permanente do Ribeirão do Evaristo, Paranapanema, SP. EmAtibaia, SP, foram amostrados 9 ind. (Grombone et al., 1990).

Distribuição

Distribui-se amplamente no Brasil desde Rondônia atéo Rio Grande do Sul (Lima; Giulietti, 2005).

Ecologia

Árvores ou arbustos 5 a 20m. Folhas opostas a subopostas;lâmina ovalada. Flores bissexuadas, frutos cápsulas. Floração de novembro a junho e frutificação de março a setembro (Lima; Giulietti, 2005). Desenvolve-se em ambientes de Mata Atlântica e Matade galeria (Lima; Giulietti, 2005). Espécie zoocórica (Barbosa; Pizo, 2006). Polinizaçãomelitofilia (Siqueira, 2008). Espécie semicaducifólia; crescimento de moderado a rápido. Cresce emvários tipos de solos, inclusive arenosos. Exige solos com boa drenagem natural(Dubois, 2006).

Ameaças

1.3.3.2 Selective logging
Detalhes ​Segundo Souza (2008) aespécie possui madeira altamente nobre de uso muito tradicional no setormadeireiro, cujo fornecimento hoje encontra-se altamente debilitado devido à escassezdessa espécie nas florestas naturais. Essa escassez e a alta qualidade dessasmadeiras justificam o seu alto valor de mercado, e seu uso restrito para aplicaçõesnobres como a movelaria, carpintaria em geral, indústria naval, pisos eassoalhos, entre outros.

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: ​Vulnerável (VU). Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

Usos

Referências

- BARBOSA, K.C.; PIZO, M.A. Seed Rain and Seed Limitation in a Planted Gallery Forest in Brazil. Restoration Ecology, v. 14, n. 4, p. 504-515, 2006.

- RODRIGUES, E.R.; MONTEIRO, R.; CULLEN JUNIOR, L.; BELTRAME, T.P.; MOSCOGLIATO, A. V. Florística e fitissociologia de uma área de vegetação ciliar restaurada no Pontal do Paranapanema, São Paulo. Holos Environment, v. 11, n. 1, p. 69-80, 2011.

- SOUSA, T.G.D. Estudo da viabilidade técnica da implantação de uma empresa de elaboração de projetos na área de preservação ambiental e uso sustentável da madeira de lei em Brasília - DF, UPIS, Planaltina, DF, UPIS - Faculdades Integradas, 2008.

- GROMBONE, M.T.; BERNACCI, L.C.; MEIRA NETO, J.A.A.; TAMASHIRO, J.Y.; LEITÃO FILHO, H.D.F. Estrutura Fitossociológica da Floresta Semidecídua de Altitude do Parque Municipal da Grota Funda (Atibaia - SP). Acta bot. bras., v. 4, n. 2, p. 47-67, 1990.

- DUBOIS, J. Informações técnicas para apoiar a restauração de APPs na área de atuação do Projeto CEPF, REBRAF, 2006.

- SIQUEIRA, L.C.D. Levantamento Florístico e etnobotânico do estrato arbóreo em sistemas naturais e agroflorestais, Araponga, Minas Gerais. Viçosa, MG: Universidade de Viçosa, 2008.

- LIMA, R.B.D.; GIULIETTI, A.M. Rhamnaceae. 2005. 331-342 p.

- LIMA, R.B. Rhamnaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB020651>. Acesso em: 03/06/2012.

- JOHNSTON, M.C. Revision of Colubrina (Rhamnaceae). Brittonia, v. 23, n. 1, p. 2-53, 1971.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Colubrina glandulosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Colubrina glandulosa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 16/08/2012 - 17:46:34